“Estou com os nervos à flor da pele”, disse Gislaine Lomba por telefone quando a convidamos para bater um papo sobre sua gestação. Mãe ‘de coração’ do Pedro Henrique, 10 anos, e esperando o Álvaro, ela embarca nesta viagem ao lado do marido Rodolfo Lomba, dono de uma rede de táxis na cidade de Maringá, no Paraná. Com os nove meses à tona, ela nos contou um pouco sobre como está sendo o período gestacional e já declara: “Vou continuar sendo uma excelente mãe!”. Rodolfo, pai pela segunda vez, também expressou os seus sentimentos no momento mais especial da esposa. Confira a entrevista:
Qual a sensação de ter o primeiro filho?
Gislaine: É tudo diferente, tudo muito estranho, muito novo. Você não se dá conta que está grávida, acontece muito rápido. Só dei conta disso quando ele começou a mexer na barriguinha. Estou com muito medo! É um pequeno que vai depender de mim para tudo. Às vezes eu penso “Ai, será que eu tô preparada? Será que eu vou ser uma boa mãe? Será que eu vou dar conta? Tudo é muito novo pra gente. Quando o Pedro Henrique veio pra mim ele já tinha seis anos, então não peguei essa fase de trocar fraldas, dar de mamar, carregar no colo, etc. Meus sentimentos estão à flor da pele, tudo é muito, sabe? Qualquer coisinha se transforma em uma grande coisa, entende?
Foi uma gestação planejada?
Gislaine: Foi sim. Nós decidimos ter um filho neste ano, então comecei a fazer os exames pré-gestacionais, mas daí eu viajei e não levei os remédios, acabei sem tomá-los por um mês. Levei os exames para o médico, mas eu já estava grávida e não sabia. Então recomendaram que eu fizesse um exame de praxe só para ter certeza de que ainda não estava grávida, mas para minha surpresa a resposta foi positiva.
Quais foram as principais mudanças psicológicas?
Gislaine: Fiquei muito sensível. Qualquer coisa me fazia chorar. Nós nos apegamos à coisas que nunca demos valor. Por exemplo, uma reportagem na TV ou qualquer coisa que falasse de criança, pensava “nossa, como ela pode fazer isso?”. São coisas bobas que antes você assistiria e não daria tanta importância assim. Um vídeo, uma música que fala de criança, uma oração… qualquer coisa emociona. Tô muito emotiva. Preciso de atenção o tempo todo, até do Rodolfo. Preciso que ele esteja comigo o tempo todo, passando a mão na minha barriga, cuidando de mim. Parece uma TPM, sabe?
Rodolfo: É pior que TPM, hahahaha! Não posso falar nada que já fica toda sentimental (risos).
E você pai, como está se sentindo com esta gravidez?
Rodolfo: Totalmente diferente. Antes eu era moleque, hoje estou mais experiente. Hoje a gente participa mais, convive mais, entende? Até nos desejos dela eu participo mais. Alguma coisa que ela queira comer, como um bombom ou um churros (risos).
Churros? Como foi isso?
Gislaine: Nossa, estava com muita vontade de comer churros. Acho que foi a única coisa que posso dizer que realmente tive vontade de comer, daquilo de salivar e querer muito, sabe? Estava assistindo um episódio do Chaves na TV e mostrou eles vendendo churros. Demorou dois dias para ele achar o meu churros, mas achou! hahahaha!
Explica esse sentimento de querer comer muito alguma coisa:
Gislaine: É uma vontade absurda! Parece que a fome não cessa até você comer aquilo que quer. Posso até comer outras coisas por vontade, mas quando estou com desejo tem que ser aquilo e ponto. Eu realmente como por dois! Todas as vezes que sinto vontade, ele (marido) vai na cozinha e pega um suco ou alguma outra coisa.
Como é a participação do Pedro na sua gestação?
Gislaine: Ele participa de tudo, desde às idas ao médico, ultrassom e até na organização do quartinho. O nosso maior medo é ele se sentir rejeitado por não ser meu filho, por não ter passado por toda essa fase: arrumar quartinho, fazer lembrancinhas, essas coisas. Nós sempre lembramos que quando ele era bebê também teve tudo isso, não por mim, mas pela avó. Ele participa de tudo, gosta de ajudar bastante. Inclusive já mostrei onde estão todas as coisas pra quando eu for à maternidade.
Como foi a transformação do seu corpo?
Gislaine: Não engordei nada! No começo perdi alguns quilos pois passei muito mal. Passei as primeiras semanas da gestação em um cruzeiro com meu marido e acabei não me sentindo bem. Acho que engordei somente cinco quilos.
Desde quando você começou a sentir o bebê mexendo?
Gislaine: Comecei a senti-lo intensamente a partir do sétimo mês. A partir do sétimo e oitavo mês foram um dos melhores meses. Às vezes eu sinto ele mexendo dos lados, é uma sensação gostosa. Agora que ele está grande dói um pouquinho, mas não incomoda em nada. Comecei a sentir uma vibração no quarto mês, mas não sabia se realmente era ele. Ficava pensando “será que é ele mexendo?”, você não imagina que aquilo está acontecendo. É a partir daí que você se dá conta que realmente está grávida.
Onde você busca informações sobre gestação?
Gislaine: Pesquiso muito na internet. Tanto é que acabei fazendo alguns cursos de gestante online. Adoro a Baby Center, encontrei muitas informações valiosas lá. Também gosto de compartilhar experiências com outras amigas seja por internet ou no dia a dia. Procurei estar informada sobre como seriam esses nove meses gestacionais, acredito que por isso foi um período tranquilo para nós.
Como foi a escolha do nome do bebê?
Gislaine: Nós decidimos escolher da seguinte forma: se for menina, ele escolhe o nome, mas se for menino, eu escolho. Ele nunca gostou do nome Álvaro, mas eu sempre achei lindo. Desde os primeiros meses eu sempre soube que seria um menino e que teria este nome. O Rodolfo ficou meio receoso no começo com o nome, mas depois ficou tranquilo. Acho um nome forte, de personalidade.
Vocês são bons pais? Porque?
Gislaine: Acho que sou meio neurótica para algumas coisas. Quero tudo muito certinho, me preocupo demais. Com o Pedro está sendo assim: às vezes não deixo ele fazer as coisas e acabo fazendo por ele. Acredito que nós somos bons pais sim (risos).
Quais são as maiores preocupações com o Pedro e o bebê que está por vir no mundo de hoje?
Gislaine: Nos preocupamos muito com o que o mundo oferece: drogas, bebibas, amizades, etc. Na maioria das vezes buscamos inspirações na religião para que nós saibamos como agir com isso, e para que ele também se sinta bem. Nós buscamos acompanhar as amizades dele, incentivando a ter amigos que proporcionam coisas positivas. Sabemos que é impossível acompanhá-lo sempre, talvez algum dia ofereçam alguma coisa ruim. Nós conversamos abertamente com o Pedro Henrique, ele é muito inteligente e muito curioso. Então ele já perguntou “Vão me oferecer?”, eu respondo “Sim, vão. Mas cabe à você decidir se aquilo é bom ou ruim para a sua vida”. Por exemplo, ele chegou em casa com algumas músicas que eu não gosto. Então perguntei “Pedro, você já prestou atenção na letra? Presta atenção: é rebolar ali, descer aqui. Você acha isso legal?”. Ele diz “Não… você quer que eu apague, mamãe?”. Daí eu digo “Não, quero saber se você quer deletar! Porque não adianta você deletar aqui em casa e lá fora você ouvir”. Ele precisa entender o que é bom e o que não é. Nós sempre incentivamos a escolher o que é melhor pra ele. Nós mostramos, mas cabe a ele decidir. Ele precisa entender pelo amor, não pela dor.
Vocês já conhecia a Emma Fiorezi?
Gislaine: Quando você não está grávida, não se dá conta que existem roupas especializadas para gestantes. Encontramos a loja no shopping e acabamos entrando. Foi amor à primeira vista!