Expectativas de ser mãe por Alexandra Vera

Sou psicóloga, tenho 31 anos e esta é minha primeira gestação. Estou casada à 1 ano e 6 meses, o que já foi uma grande mudança em minha vida. Nunca tinha saído da casa dos meus pais e assumir esta responsabilidade me trouxe, além de muitas alegrias, também desafios e o principal, a maturidade. Meu marido está com 37 anos e tinha mais urgência em ser pai. A ideia sobre a maternidade já rodeava nossas conversas quando estávamos sozinhos, num almoço ou jantar, mas sem grandes planejamentos.

Pensávamos em “engravidar” na metade de 2013, mas não imaginei que isto aconteceria tão rapidamente. Pouco tempo depois de parar o medicamento tive a grata surpresa: descobri que estava grávida! Algumas pessoas me perguntam o que senti ao descobrir a gravidez – qual foi minha reação? Para falar a verdade, num primeiro momento senti medo, frio na barriga, fiquei um pouco assustada. Logo esta sensação foi substituída por uma forte emoção, mas confesso que levou algum tempo para “cair minha ficha”!

Lembro-me que quando dei a notícia para meu marido ele tremia. Ficamos nos olhando por alguns instantes surpresos e emocionados, ele me abraçou e me disse coisas lindas! Conforme passou o tempo, a novidade começou a se espalhar entre os amigos e familiares. É incrível como as pessoas celebram a chegada de uma nova vida, e todo este entusiasmo foi me deixando cada vez mais animada e feliz. O medo transformou-se em alegria!

Após este primeiro momento já começaram algumas preocupações fundamentais: procurar um obstetra e fazer um ultrassom. No primeiro ultrassom, estava com 6 semanas; minha mãe foi comigo. Na telinha do consultório apareceu uma manchinha ainda sem forma, mas já se podia ouvir o vigor do coração, batendo acelerado, multiplicando para a vida. Meus olhos se encheram de lágrima, foi o primeiro contato com esta nova realidade, senti meu corpo se inundando de uma emoção inexplicável!

Dia após dia vivia uma alegria maior; meu marido ficou super feliz, nossa relação tomou outros contornos, ele passou a me tratar como uma rainha. Algo mudou não só dentro de mim, agora começamos a construir nossa família e já não somos mais dois, somos também o resultado da união e do nosso amor – o  bebê que cresce no meu ventre. Também começamos a pensar em alguns nomes, que tarefa difícil! Eu gosto de João, Pedro, Arthur… nomes simples e fortes, ele gosta de nomes diferentes. Foi difícil chegar a um consenso. Depois de confirmar o sexo decidimos – nosso pequeno vai se chamar GUILHERME!

Estou com 22 semanas e já comecei a sentir os movimentos do “Gui”. É um momento mágico! Até então sentia meu bebê só com o coração, mas agora sinto seu frágil corpinho se mostrando para mim. A interação com o Gui aumentou, converso constantemente com ele e vou aos poucos lhe mostrando o mundo, da maneira que vejo. Estou na fase de montar o quartinho, escolher o berço, e criar seu espaço no nosso mundo. Tem sido muito prazeroso escolher cada detalhe e imaginar ele ali – ao nosso lado.

Desde que descobri a gravidez, noto que as pessoas se antecipam em dar muitos conselhos, falam sobre as coisas boas e ruins da gestação e da maternidade. Eu penso que cada um tem a sua história e teve uma experiência, que pode ser bem diferente da que vou passar. Acho que não devemos acreditar em tudo que nos dizem, embora eu não tenha a ilusão de que será fácil.

Sei que tenho muitas coisas para aprender, mas também compreendo que ninguém nasce mãe – se torna mãe! Mesmo com as noites mal dormidas, o cansaço dos primeiros meses, tenho consciência do meu potencial para enfrentar este momento. Graças à Deus posso contar com minha família, que com toda certeza será meu porto seguro e esteio no início da minha jornada como mãe. Expectativas? Mil! Algumas boas e outras nem tanto, mas todas fazem parte desta fase não é?

Não pretendo ser uma mãe perfeita, acredito que nenhuma é – mas vou tentar ser o melhor que puder para meu filho, dar o melhor de mim. E no futuro espero que ele entenda as minhas falhas e que compreenda, assim como HOJE eu compreendo meus pais, que pai e mãe são humanos e NÃO super-heróis – eles erram; e que um dia eles partem de nossas vidas, mas deixam um legado para nossa existência, exemplos de vida e valores; e que isto sim nos torna pessoas capazes de fazer a diferença no mundo. Se eu conseguir isto, já serei muito feliz e agradecida por ser chamada de MÃE!

Impressões de Alexandra Vera de Oliveira Souza, psicóloga, futura mamãe do Guilherme e uma das mulheres mais ansiosas do mundo. Quer escrever para nós? Envie um e-mail para midiasocial@fiorezi.com.br com o assunto “Expectativas de ser mãe”.
Alexandra Vera de Oliveira
Psicóloga CRP 08/10771 – Terapeuta Comportamental
Av. Rio Branco, 942 – Sala 15
Centro Médico Rio Branco
Contato: (44) 9145-2444

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