Posso ter contato com animais durante a gestação?

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É comum a futura mamãe olhar com desconfiança para o cão ou gato a partir do momento que descobre que está grávida. O medo de prejudicar o bebê ainda na barriga é maior que os riscos, podem acreditar. Basta alguns cuidados essenciais e os bichanos podem ser os verdadeiros companheiros nos nove meses de gestação. Para certificar-nos disso, uma universidade de Liverpool, na Inglaterra, realizou uma pesquisa com 11 mil grávidas e descobriu que as próprietárias de cachorros tendem a manter os níveis ideais de atividade física. Vamos conhecer algumas curiosidades desta belíssima participação?

Não posso conviver com gatos durante a gestação

Mito: as pessoas imaginam isso por conta da toxoplasmose, doença que pode ser transmitida pelas fezes do animal. Nelas pode estar o parasita transmissor da doença, contraída quando a pessoa entra em contato com o coco. Muitas pessoas têm toxoplasmose e sequer ficam sabendo, porque não apresentam sintomas. O problema é infectar-se pela primeira vez durante a gestação. Quando isso acontece, há uma chance de 50% de passar a doença para o feto. “Nesse caso, a doença pode causar sérios problemas como catarata, atraso no crescimento, aumento do fígado e do baço, hidrocefalia e retardo mental”, explica o ginecologista Renato Ferrari, do Hospital Universitário Clementino Fraga, no Rio de Janeiro.

Como resolver: “Não precisa se desfazer do animal, mas peça para outras pessoas limparem as fezes e lave as mãos constantemente”, diz o obstetra Eduardo Zlotinik, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Às vezes, a mulher até é imune, porque já teve a doença”, completa ele. As fezes não devem ficar expostas por muito tempo, pois ressecam e as partículas podem ser inaladas.

Cães podem transmitir doença

Mito: o melhor amigo do homem é o melhor companheiro da gestante no mundo animal. “Se o cachorro for conhecido e viver na casa há algum tempo, não há risco de provocar doenças que ofereçam risco ao bebê”, diz o ginecologista Eduardo Zlotnik. O cuidado, principalmente com animais de grande porte, é evitar que eles pulem sobre o abdome ou provoquem a queda da dona, que fica com o ponto de equilíbrio deslocado por causa da barriga.

Pássaros são totalmente seguros

Mito: alguns pássaros são reservatórios naturais de doenças, isso é, carregam o agente infeccioso sem adoecerem e podem transmitir o mal para os humanos. Uma dessas doenças é a psitacose, transmitida por papagaios, araras e periquitos, principalmente. A contaminação se dá ao aspirar as fezes ressecadas dos emplumados. A doença não causa mal ao feto, mas à gestante, que pode apresentar febre, tosse, dor de cabeça e prostração.

Como resolver: é bom lembrar que, embora possa ocorrer, o contágio é raro em adultos. Por isso, não há necessidade de se desfazer do animal. Basta pedir para que alguém limpe as gaiolas e mantê-las sempre higienizadas, evitando que as fezes ressequem e se espalhem pelo ar.

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