
Um bebe nasce e precisa ser suprido de todas as formas, seja através de cuidados com alimentação, higiene, sono, assim como ser acalentado, acariciado, amado. Cabe aos cuidadores decifrar os códigos do choro, dos reflexos e do que lhe da prazer.
Naturalmente vem as frustrações, já que nem sempre é compreendido em todos os seus desejos, junto aos anseios do bebe surgem as ansiedades da mamãe que pensa não ter parâmetros se esta agindo assertivamente, os cuidados podem ser excessivos ou negligentes, como saber?
Antes de depositar as ansiedades no bebe, a mãe precisa refletir e se auto avaliar, principalmente no que diz respeito a atitudes compensatórias, como por exemplo, a mãe que trabalha e quando está com o bebe quer se redimir da culpa da ausência, mantendo-o no colo ao menor sinal de desconforto, alimentando excessivamente, permitindo que o bebe e depois a criança determine toda a rotina da casa, correndo o risco de transformar a criança em um tirano.
Na verdade não existe uma formula precisa do que é certo ou errado, cabe á mamãe procurar se informar, compartilhar com pessoas próximas suas ansiedades, estar atenta aos sinais que a criança emite e principalmente cuidar de si mesma, de sua saúde mental para que possa se doar com mais tranquilidade.
Se formos estabelecer alguns parâmetros de atitudes saudáveis em relação aos filhos, poderíamos dizer que a criança precisa ter as necessidades fisiológicas atendidas, ou seja, sentir-se limpo, bem alimentado, (o que não significa exagero), ter respeitada sua hora de sono, um ambiente sem discussões e que transmita paz, além disso, a criança precisa de contato físico, o toque não é só necessário como ate mesmo vital para segurança do bebe, palavras de afeto devem ser transmitidas, já que os sentimentos nesta fase estão extremamente aguçados.
Estando o bebe suprido nas questões básicas é necessário compreender que nunca ele estará totalmente protegido de desconfortos, saber superar frustrações também faz parte da vida e desde muito cedo a criança precisa compreender que não precisa ser superprotegida para ser protegida. Lembrando que pais muito rígidos tendem a criar filhos excessivamente adaptados que futuramente poderão tolerar demais relacionamentos abusivos, não levando em considerações seus próprios desejos e pais permissivos, que não frustram, criarão filhos que ao menos sinal de adversidade não conseguem tolerar frustrações, fazendo com que os pais fiquem a mercê de seus desejos insaciáveis,, tendendo a procurar subterfúgios para compensar insatisfações, seja através da comida, drogas, ou de um temperamento abusivo, determinando as regras da casa, como se o mundo tivesse a obrigação de supri-lo sempre.
Para conseguir ser uma boa mãe, o mais importante é se auto observar, se auto conhecer, fazer um constante exercício de reflexão sobre os seus próprios desejos, ter momentos de prazer, cuidar de si mesma, analisar a qualidade das relações afetivas, avalias o quão feliz você esta com sua própria vida para que possa proporcionar qualidade na relação com seu bebe.
Com a palavra,
Vanessa Garcia
Psicologa
CRP-08/14100